Pages

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Turbilhão


Um turbilhão de sentimentos, sempre nos extremos. 8 ou 80. Ou gosta ou odeia. Ou é euforia ou tristeza. Vida mais ou menos? Sorrisos mais ou menos? Chorar mais ou menos? Que coisa mais sem graça! Se tudo é mais ou menos, você acaba tornando-se uma pessoa mais ou menos. Comigo isso não existe, não tem vez. Assim sou eu. Mastiga bem, porque vai ter que me engolir. Com ou sem sal?
by @brunakd_

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tão estranho...

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
(Caio Fernando Abreu) 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Que "me toque"

Eu quero pessoas interessantes, risadas sem medida, um som psicodélico, um amor pra toda vida. Eu quero um arranjo musical diferentemente estranho, um quadro esquisito, um vestido que ninguém acha bonito. Eu quero um livro decadente, um poeta irreverente, bolhas de sabão, uma navalha de cortar o chão. Eu quero consideração, compaixão e esperança pra limpar toda essa lambança. Eu quero uma foto sua guardar, pra poder o tempo parar. Eu quero um bom vinho no verão e um gostoso sorvete no inverno. Eu quero mudar as estruturas e provocar profundas rachaduras. Eu não quero apenas um rostinho bonito, eu quero que me façam rir, chorar, desatinar. Eu quero algo que “me toque”, não interessa se é feio ou bonito se é sujo ou limpo. Quero que me toque. Só.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Valeu a intenção

“Se não houver frutos, valeu à beleza das flores
Se não houver flores, valeu a sombra das folhas
Se não houver folhas, valeu a intenção da semente.”
(Henfil) 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Gosto ácido

Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.
Caio Fernando Abreu

Para bom entendedor


É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.

(Baudelaire) 

Pesquisar este blog